CIDADANIA 23
Diretório Estadual do Paraná
Curitiba, 22 de Setembro de 2016.
13:07
Robson Gonçalves
"Espero que o BNDES entre na mira da Lava Jato para que o verdadeiro duto de recursos públicos implantado na instituição seja investigado", disse líder
Portal PPS
O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), disse, nesta sexta-feira (22), que espera ver aberta, finalmente, com a prisão do ex-ministro Guido Mantega, “a caixa preta do BNDES”. “Espero que o BNDES entre na mira da Operação Lava Jato para que o verdadeiro duto de recursos públicos implantado na instituição seja investigado e que os culpados sejam punidos”.
Bueno acredita que, além da propina em troca de contratos com o poder público, Mantega pode estar envolvido em empréstimos direcionados a empresários amigos do PT a juros subsidiados. Essa prática pode ter encoberto outra forma de arrecadar dinheiro para o partido. O ex-ministro ocupou a presidência do banco.
O líder do PPS foi autor do pedido de CPI do BNDES, mas a atuação da base aliada da presidente Dilma Rousseff blindou os convidados para depor.
Prisão
Bueno classificou de “absolutamente absurdo” um ministro da Fazenda pedir propina a empresários, ao comentar a prisão de Mantega pela Polícia Federal, dentro da 34ª fase da Operação Lava Jato, denominada Arquivo X. Segundo o Ministério Público Federal, o empresário Eike Batista afirmou, em depoimento, ter feito um pagamento de U$ 2,35 milhões, no interesse do PT em 2012 a pedido do então ministro.
“Está claro que Mantega usou o estado brasileiro para conseguir recursos para seu partido, prática recorrente do PT no poder”, afirmou Rubens Bueno. Ele disse que Mantega “era uma peça importante na organização criminosa que se apossou do poder no Brasil, razão pela qual foi o ministro que mais tempo ficou à frente do Ministério da Fazenda em todo o período após a redemocratização do país”.
A prisão do ex-ministro, na avaliação de Rubens Bueno, é um passo fundamental “no desmonte do esquema criminoso implementado pelo PT no governo”. Como Mantega era uma pessoa muito importante no governo e muito próxima do ex-presidente Lula, as investigações em torno das atividades do ministro podem acelerar a investigação das doações ao PT feitas em troca de contratos com o poder público.