CIDADANIA 23
Diretório Estadual do Paraná
Curitiba, 01 de Dezembro de 2016.
10:27
O prazo para que brasileiros com cidadania italiana votem no referendo constitucional marcado para domingo (4) termina nesta quinta-feira (1º). As cédulas de votação, recebidas por correio, devem ser postadas pelo serviço postal até às 16h.
divilgação
Deputada ítalo-brasileira faz campanha no Brasil pelo voto sim
Portal PPS
Em entrevista ao jornal “Folha de S. Paulo” (veja abaixo), a deputada ítalo-brasileira Renata Bueno defende o voto sim para a reforma constitucional na Itália proposta pelo premiê Matteo Renzi. Dentre as 47 alterações, a mais importante é a que reduz o número de senadores de 315 para 110 e transforma o Senado em um órgão de consulta.
O prazo para que brasileiros com cidadania italiana votem no referendo constitucional marcado para domingo (4) termina nesta quinta-feira (1º). As cédulas de votação, recebidas por correio, devem ser postadas pelo serviço postal até às 16h.
Renata Bueno foi eleita em 2013 para a Câmara dos Deputados da Itália como uma das representantes dos italianos no exterior, na circunscrição da América do Sul. Ela estima que 30% dos 400 mil eleitores no Brasil votaram.
Deputada ítalo-brasileira defende reforma constitucional na Itália
DIOGO BERCITO, DE MADRI – FOLHA DE S. PAULO
Encerra-se nesta quinta-feira (1º) o prazo para que brasileiros com cidadania italiana votem a distância no referendo constitucional de domingo (4). As cédulas, recebidas por correio, devem chegar ao consulado até as 16h.
Veja aqui a matéria no site do jornal
A ítalo-brasileira Renata Bueno, deputada na Itália, estima que 30% dos 400 mil eleitores no Brasil votaram.
“Eles não participam do dia a dia da vida política”, diz em entrevista à Folha. Mas, nesses momentos, querem exercer a cidadania. É quando se sentem italianos.”
Bueno foi eleita em 2013 para a Câmara dos Deputados da Itália como uma das representantes dos italianos no exterior, na circunscrição da América do Sul. Ela defende a reforma proposta pelo premiê Matteo Renzi.
“É o coração das reformas de que a Itália está precisando. Já fizemos diversas reformas no Parlamento, mas esse é o esqueleto de tudo.”
A participação, segundo Bueno, é “fundamental”. Entre outras coisas, porque demonstra o interesse pelo país por parte de quem tem a cidadania italiana. “Tentei divulgar ao máximo quais são os pontos da reforma e qual é a intenção do governo.”
REFORMAS
O premiê Renzi propõe, com o referendo, 47 alterações na Constituição italiana.
A mais importante delas reduz o número de senadores de 315 para 110 e transforma o Senado em um órgão de consulta. O Senado não poderá mais, por exemplo, dissolver um governo ou aprovar o orçamento anual.
Essa reforma também prevê a centralização do poder em Roma e o esvaziamento das entidades regionais.
Uma das justificativas dadas pelo premiê Renzi é a necessidade de enxugar o governo para que se torne mais eficiente. Assim, poderá lidar melhor com os desafios enfrentados pelo país.
Os críticos à reforma, porém, afirmam que as mudanças não resolvem as questões urgentes, como o baixo crescimento econômico. O PIB (Produto Interno Bruto) deve crescer 0,8% neste ano.
O texto do referendo é considerado pelos eleitores, ademais, como muito abstrato. Uma pesquisa divulgada pela TV italiana Rai apontou que apenas 17% da população “conhece bem” a reforma e que 46% deles tem uma ideia “superficial”.
Outro desafio do governo é que o referendo está sendo apresentado, na Itália, como um voto de aprovação ou reprovação do premiê Renzi.
Ele ameaçou renunciar ao cargo, caso seja derrotado, o que pode ter estimulado essa ideia. Espera-se um grande número de votos de protesto.
“Houve mais polêmica do que discursos explicativos”, segundo Bueno. “A oposição não argumentou de maneira técnica, o que acabou desgastando muito o debate.”
“As pessoas se cansam de ficar nesse bate-boca, em vez de ter uma discussão que instruísse o voto”, afirma.
O mandato de Bueno deve encerrar-se em fevereiro de 2018. Mas, caso o “não” vença e o governo tenha que ser dissolvido, ela deixará o seu cargo antes do previsto.
“O referendo vai mudar muita coisa. Vença o ‘sim’ ou o ‘não’, será um novo momento para a Itália”, afirma.
VEJA TAMBÉM
No Brasil, Renata Bueno faz campanha pelo sim em referendo constitucional da Itália