CIDADANIA 23
Diretório Estadual do Paraná

Curitiba, 09 de Junho de 2021.
09:33


Homofobia: Cidadania do Paraná decide pela expulsão de Donaldo Seling, vereador de Maripá

O Diretório Estadual do Cidadania do Paraná aprovou, nesta terça-feira (8), por unanimidade dos presentes, o relatório da Comissão de Ética do partido que recomendou a expulsão do vereador Donaldo Seling, de Maripá, do quadro de filiados da sigla. Em discurso, realizado na sessão do dia 3 de maio, o parlamentar criticou a união homoafetiva entre o ator Paulo Gustavo e Thales Bretas.

O Diretório Estadual do Cidadania do Paraná aprovou, nesta terça-feira (8), por unanimidade dos presentes, o relatório da Comissão de Ética do partido que recomendou a expulsão do vereador Donaldo Seling, de Maripá, do quadro de filiados da sigla. Em discurso, realizado na sessão do dia 3 de maio, o parlamentar criticou a união homoafetiva entre o ator Paulo Gustavo e Thales Bretas. 

 

"Na minha opinião, essa coisa moderna não serve para mim. Não podemos pregar esse tipo de coisa”, disse o vereador que em outro trecho continua o discurso homofóbico. “...Não podemos perder o que há no coração de uma mãe, o que há de mais bonito de uma família unida: pai e mãe, não marido com marido ou marida com marida. Não sei como fala essa porcaria, do tanto que odeio isso...”

 

O ator Paulo Gustavo faleceu em virtude de complicações da Covid 19.

 

No parecer sobre o caso, o relator Wanderley Lopes afirmou que as declarações proferidas pelo vereador agridem frontalmente o Estatuto do partido. “O comportamento do Sr. Donaldo Seling, não coaduna com a posição do Cidadania 23 e fere o Estatuto Partidário e seus programas na luta por uma sociedade mais justa, paritária e respeitosa, principalmente das minorias em todas as suas frentes de representação”, disse.

 

Lopes também ressaltou a importância do ator citado por Donaldo. “Paulo Gustavo era um artista, que contribuiu com a sua arte, entrando na casa de milhões de pessoas, e levando alegria nessa época de isolamento”, ressaltou. 

 

Para finalizar, o relator reafirmou a posição do partido sobre o assunto. “Essa atitude além de criar uma exposição negativa diante da sociedade brasileira, extrapola a função para o qual o vereador foi eleito e principalmente compromete a luta e os programas partidários do Cidadania 23 que atua em defesa das minorias que há anos lutam por dignidade e respeito, em especial as comunidades LGBTI+”, finalizou.