CIDADANIA 23
Diretório Estadual do Paraná
Curitiba, 23 de Maio de 2017.
13:37
A força-tarefa da Operação Lava Jato no MPF (Ministério Público Federal) ofereceu nesta segunda-feira (22) à Justiça Federal mais uma nova denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essa é a sexta vez que o petista é denunciado, a terceira na Lava Jato. Lula foi acusado pelo MPF de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no inquérito que apura recebimento de propina da Odebrecht e OAS em troca de benfeitorias no Sítio Santa Bárbara, em Atibaia, interior de São Paulo, em que ele e sua família frequentavam.
Reprodução/Polícia Federal
Lula com Léo Pinheiro, da OAS, no sítio de Atibaia
A força-tarefa da Operação Lava Jato no MPF (Ministério Público Federal) ofereceu nesta segunda-feira (22) à Justiça Federal mais uma nova denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essa é a sexta vez que o petista é denunciado, a terceira na Lava Jato. Lula foi acusado pelo MPF de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no inquérito que apura recebimento de propina da Odebrecht e OAS em troca de benfeitorias no Sítio Santa Bárbara, em Atibaia, interior de São Paulo, em que ele e sua família frequentavam.
Na denúncia, o MPF acusa o ex-presidente petista de estruturar, orientar e comandar esquema ilícito de pagamento de propina em benefício de partidos, políticos e funcionários públicos. A força-tarefa sustenta ainda que Lula, quando era presidente, nomeou diretores da Petrobras para praticar crimes em benefício das empreiteiras Odebrecht e OAS. Em troca, recebeu propina das construtoras de forma disfarçada por meio de obras feitas no sítio de Atibia.
A acusação apontou o pagamento de propina de R$ 128 milhões pela Odebrecht, em quatro contratos assinados com a estatal, e R$ 27 milhões pela OAS, em três contratos. Segundo os procuradores, os repasses ilícitos foram feitos a partidos e políticos da base de Lula, como PT, PP e PMDB. Para o MPF, parte do valor, estimado em R$ 870 mil, foi usado no sítio de Atibaia para atender a pedidos do ex-presidente.
Segundo o MPF, Lula usou o dinheiro para realizar reformas, construir anexos e efetuar outras benfeitorias no sítio de Atibaia, para adequá-lo às necessidades de sua família. A denúncia tratou também da realização de melhorias na cozinha do sítio e a aquisição de móveis.
O sítio está em nome dos empresários Jonas Suassuna e Francisco Bittar, sócios de Fábio Luiz, um dos filhos de Lula.
Apesar de os procuradores afirmarem que a real propriedade não é objeto da ação, eles declaram que o ex-presidente é o verdadeiro dono do sítio.
Só para lembrar, Lula já é réu em cinco ações penais, duas delas na Lava Jato.
Caso o juiz Sérgio Moro aceitar a denúncia, será a sexta ação contra o ex-presidente Lula – a terceira em Curitiba. Ele já responde pelo caso do triplex do Guarujá e pela compra de um terreno e um apartamento em São Paulo.