CIDADANIA 23
Diretório Estadual do Paraná

Curitiba, 23 de Setembro de 2016.
16:18


Novo ensino médio: Cristovam Buarque afirma que a reforma é “absolutamente necessária”

Cristovam disse que o problema não ocorre apenas no Brasil, mas também atinge diversas nações no mundo. Para o senador, a proposta apresentada segue modelos bem sucedidos adotados em países como Japão e Coréia do Sul.

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Para o senador, ensino médio brasileiro atual é um desastre

Portal PPS

O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) classificou de positiva a proposta anunciada pelo presidente Michel Temer para a reforma do ensino médio, e disse que ela é  “absolutamente necessárias”. Segundo o parlamentar, a etapa educacional brasileira é um desastre e que hoje só serve para o ingresso na faculdade.

“Seria bom se a discussão tivesse ocorrido há 20 anos atrás, mas acho que três meses para o debate são suficientes [que é o prazo para a aprovação da Medida Provisória que o governo vai editar sobre o tema]. A proposta encaminhada por Temer é algo absolutamente necessária. O ensino médio brasileiro é um desastre para nossos adolescentes. O diploma de ensino médio hoje no País só serve para entrar na faculdade”, lamentou.

Cristovam disse que o problema não ocorre apenas no Brasil, mas também atinge diversas nações no mundo. Para o senador, a proposta apresentada segue modelos bem sucedidos adotados em países como Japão e Coréia do Sul.

“Não só no Brasil, mas no mundo inteiro, a escola descolou do adolescente. Essa reforma segue uma linha adotada em outros países que é a de mais matérias optativas e menos obrigatórias. Isso deixa a escola mais ao gosto do aluno, que vai estudar mais aquilo que mais gosta. Isso é positivo”, afirmou.

Ensino profissionalizante

Cristovam Buarque também elogiou a priorização da educação profissionalizante anunciada pelo presidente. De acordo com o senador, o ensino médio deve ser utilizado  também como formador de profissionais e não apenas como uma passagem para o nível superior.

“O que todos querem é um bom salário. Você pode usar o ensino médio para formar pessoas conforme as suas opções. Muito alunos serão mais profissionais e eficientes, e se sentirão melhores fazendo um curso que realmente gostam. Alguém que gosta de cozinhar pode optar por um curso de gastronomia e sair do ensino médio como chefe de cozinha, e garantir uma boa remuneração ”, disse.

Legislação não é tudo

Apesar de reconhecer a importância da proposta de reforma, Cristovam Buarque disse que as atuais regras não resolvem os problemas enfrentados pelas escolas, a baixa remuneração e a falta de capacitação de professores. Ele defendeu a criação de uma “engenharia” que permita a real execução do que é previsto em lei.

“O que atrapalha não é a lei, mas o sistema. Pode ter uma legislação excelente, mas não melhora a escola e nem um professor despreparado. Precisamos de uma engenharia do sistema capaz de executar o que está na lei. A LDB [Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional] já tem vinte anos e não demos um salto. Não construímos boas escolas, não as equipamos e nem pagamos bons salários aos nossos profissionais. Logo, o problema não será resolvido apenas com essa medida. Para mim, o caminho é a adoção das escolas pelo governo federal por meio da federalização do ensino”, defendeu.