CIDADANIA 23
Diretório Estadual do Paraná
Curitiba, 20 de Junho de 2016.
15:05
Líderes, no entanto, afirmam que celeridade em tirar ministros sob suspeita é ponto positivo
O Globo - Isabel Braga / Cristiane Jungblut (editado)
A demissão do ministro Henrique Eduardo Alves (Turismo) nesta quinta-feira (16), pegou de surpresa aliados do governo Temer na Câmara. Nos bastidores, muitos queriam entender os motivos do pedido de demissão neste momento e se estaria relacionada a novas informações sobre o envolvimento nas denúncias da Lava-Jato. No dia em que o senador Romero Jucá (PMDB-RR) saiu do governo, interlocutores peemedebistas e palacianos admitiram que isso fragilizaria a situação de Henrique Alves, por isso alguns parlamentares afirmaram que a saída era uma questão de tempo. Oficialmente, no entanto, líderes aliados reforçaram o que consideram a diferença de procedimento entre o governo Michel Temer e o governo Dilma Roussef: substituir, com celeridade, ministros com suposto envolvimento da Lava-Jato, priorizando a governabilidade e a estabilidade política no país.
Um dos que defendeu enfaticamente que não fossem nomeados ministros investigados na Lava-Jato, o líder do PPS, Rubens Bueno (PR) diz que pelo menos o atual governo toma atitudes de forma rápida, ao contrário do governo do PT que transformava em "heróis" seus políticos envolvidos em corrupção.
— Até parece que eu estava dizendo uma grande novidade. Diante de uma Lava-Jato, onde estão presos os grandes empreiteiros do país, os homens mais ricos, e o governo desconsiderar isso? Pelo menos o governo Temer, diante disso e daquilo, toma logo providência, o que mostra que vai até um limite. No governo Dilma, ao contrário, tratavam as figuras envolvidas em corrupção como heróis do partido - disse Buenos, acrescentando:
— Não atrapalha (a relação com o Congresso). O governo deve continuar dando respostas cabais à grave crise que o país enfrenta.