CIDADANIA 23
Diretório Estadual do Paraná

Curitiba, 18 de Julho de 2016.
11:50


Pesquisa Datafolha mostra que mais de 70% dos eleitores acreditam na cassação de Dilma Rousseff

Portal PPS - Folha de S. Paulo

Entre a volta da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) ao poder e a permanência do interino Michel Temer (PMDB),50%dos brasileiros avaliam que, para o Brasil, seria melhor que o peemedebista continuasse no cargo até 2018. Apenas 32% achariam melhor que Dilma retornasse ao Palácio do Planalto. Os 18% restantes responderam “nenhum”, preferiram uma eleição, deram outras respostas ou disseram não saber. Na primeira avaliação do governo Temer realizada pelo Datafolha em pesquisa nos dias 14 e 15 de julho, o interino tem, dois meses depois de assumir,uma taxa de aprovação similar à de Dilma antes de deixar o cargo: 14% consideram sua gestão ótima ou boa. No início de abril, 13% tinham a mesma opinião sobre o governo Dilma.

A reprovação a Temer, porém, é muito inferior à de Dilma. Ele é visto como ruim ou péssimo por 31%, cerca de metade do atribuído a Dilma (65%) antes de ser afastada. A diferença é explicada pelo índice dos que consideram a gestão Temer regular (42%), em patamar superior ao obtido pela petista (24%). Parcela de 13% não soube opinar sobre a gestão do interino. Em relação a levantamento feito em abril (antes do afastamento de Dilma)eque procurou medir as expectativas dos brasileiros sobre um futuro governo Temer, houve uma diminuição de sete pontos na taxa de ruim/péssimo (que passou de 38%na ocasião para 31% agora). Já o índice de regular subiu nove pontos, de 33% para 42%.O de ótimo e bom variou de 16% para os atuais 14%.

Um dado que chama a atenção é que um em cada três brasileiros (33%) não sabe o nome do atual ocupante do cargo da Presidência da República. Questionados, 65% responderam corretamente que Michel Temer é o ocupante do cargo. Outros 2% citaram nomes errados. nordeste apoia Dilma . A pesquisa mostra também que o afastamento definitivo de Dilma pelo Senado é defendido por 58% dos brasileiros; 35% se opõem à saída. Há ainda 3% que declaram ser indiferentes em relação à situação e 3% que não opinaram. A única região do país onde a maioria (51%) se posiciona contra o afastamento de Dilma é o Nordeste, onde ela obteve sua maior vantagem eleitoral em 2014.

Independentemente da posição sobre o assunto, 71% dos eleitores acreditam que Dilma será afastada definitivamente da Presidência da República (62% no Nordeste), e para 22% ela não será afastada. Há ainda 7% que preferiram não opinar sobre o tema. Com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, o Datafolha ouviu 2.792 eleitores em 171 municípios. (Folha de S. Paulo)