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A terceira via – projetos, metas e sua concretização

Curitiba, 20 de Fevereiro de 2013.
10:00

Roberto Cavalheiro - Advogado

De inicio é necessário dizer que a Teoria da Estruturação oportunizou a abertura de um novo caminho, uma nova medida, uma terceira via oferecendo os instrumentos necessários para alinhar esquerda e direita, afinal, filhos de um mesmo ser e objeto de intensos e furiosos embates ideológicos. 

As ideologias estão no mesmo campo, combatendo a implantação de projetos oriundos do setor público ou privado, este ou aquele, com maior ou menor impacto social e econômico junto a seus destinatários. 

No que diz respeito ao primeiro ponto, o impacto social, onde centramos este escrito, faço um brevíssimo esclarecimento, primeiro: entendo que reflete de forma direta na condição de subsistência e existência de nossa sociedade, segundo: tenta trazer eficácia e eficiência na gestão do bem público, o que significa sem rodeios, distanciar o privilégio individual em nome da melhoria para todos. 

Em nome deste “bem” comum, assistimos o retorno da meritocracia como moeda de troca entre aquele que desenvolve a atividade pública e aquele que detém o poder de mando, friso, que também desenvolve a atividade pública, mas claro, esta acima do mérito. De igual forma, renovam-se as perspectivas do currículo como fonte e critério de capacidades, aval no mais das vezes de escolhas individuais e interesses difusos, garantidor de que as políticas públicas, enfim, serão “públicas”.  

Com este entendimento, a conseqüência direta e a diretiva primeira é retirar do cenário ou da luz, a idéia de “grupo”, e aqui nasce a “equipe”, o “time, sem perder o foco e o direcionamento, afinal, hão que ser atendidas as expectativas particulares e privadas, mas agora, sob o manto do tecnicismo, até então eficiente e capaz, modelando os círculos com maestria, enquanto no interior a semente primeira, as metas e os projetos, objeto de inflamados discursos, perdem-se na burocrática – burocracia.  

Assim, registra-se de todo e um plano único o impacto social das palavras, lançadas nos mais diversos meios, o modelo mecânico de atendimento exclusivo e excludente de uma parcela, como se lançado a milhares, o preço para poucos em troca do beneficio de muitos, o custo ou a carga social que valoriza o desgaste, até então sem precedentes, a maquiagem da governança límpida, substituída pelo traquejo refinado com as palavras, sem, contudo, esconder o discurso desgastado e cansativo.  

Mas e as metas administrativas? Os projetos públicos? Entre um termo e outro há um abismo que dificilmente é vencido, seja pela dupla via do favorecimento, seja pela via única da ideologia, quanto muito, estreitado por artifícios lingüísticos e técnicas de maquiagem, que ao final não oferecem respostas capazes de atender aos interesses daqueles que por último e pacientemente esperam. 

E a terceira via? Hoje é a via do cidadão, a escolha a ser definida entre tantas possibilidades, mas por ser meio e fim, acaba por não ter opção e então, sua via é a que melhor lhe parece ou que melhor atende suas necessidades, para dizer mais, quem melhor atende suas necessidades, pronto, desbancamos a terceira via. 

Por fim, onde esta o impacto social, registre-se, nas belas e maravilhosas folhas do girassol de Van Gogh, por que fez o retrato fiel e o circulo mais bonito, com técnica, capacidade e um currículo invejável, basta conhecer sua história.



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