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Em defesa de uma consciência humanitária, da sustentabilidade e da democracia participativa

Curitiba, 30 de Agosto de 2012.
10:00

Roberto Cavalheiro - Advogado

Ao dizer da consciência tratamos de chamar a sociedade civil para refletir sobre as questões que esta própria sociedade apresenta, ou seja, da necessidade de esclarecer que a consciência esta ligada a necessidade de compreensão do que seja importante em nossas vidas, ciente por certo, que cada indivíduo determina o grau de importância e o que seja mais urgente em sua caminhada.

Por esta razão havemos de dizer que a consciência humanitária esta ligada ao conjunto de preferências ou urgências e que não podem ser deixadas de lado, efeito colateral da globalização, sem dúvida, afinal, enquanto indivíduos não deixamos nossas urgências, quanto mais falar em sociedade.

E aqui está o caminho espinhoso que enfrentamos ao falarmos em sustentabilidade, estamos dizendo e ouvindo, “queremos uma melhor condição de vida para nós”, mas nós quem? Firmo, eu! Você! Indivíduos que juntos formamos o “nós”, esse conjunto heterogêneo que comumente denominamos “sociedade”.

Então o que seria uma “melhor condição de vida”, vale dizer, enquanto cidadãos defendemos nosso espaço, nossa família, nossos amigos, enfim, nosso meio, e neste meio encontramos todas as diferenças que temos na sociedade, em porção menor, porém, demonstra exatamente o quanto diferentes somos. Portanto, e reconhecendo estas diferenças temos que, “o que é melhor para “mim”, pode não ser para “você”, e como defender a melhor condição de vida? Respondo! Primeiro as urgências, mais quais? Na ordem: Saúde, Educação, Segurança, Transporte, Trabalho e Moradia! Eis o resumo de nossas urgências, alterando a classificação dependendo do lugar onde vivem as pessoas, ou então, dependendo da sociedade democrática que pretendemos ter.

Cadermatori, (2009, p. 165), responde com precisão o grau de importância dos anseios sociais ao esclarecer: […] Contata-se hoje que o projeto democrático, isto é, a democracia, concebida como nobre e elevada, foi o ideal imaginado para uma sociedade muito menos complexa que a de hoje. Se compreendermos a política como organização global desta sociedade, observamos que seus problemas tornam-se sempre mais intrincados, de forma a tornar impossível contentar-se com fórmulas de efeito. Assim, as boas soluções se fazem sempre mais raras.

Tornando mais claro, Bobbio, (1983, p. 111), referenda: […] Os paradoxos, ou seja, afirmações que vão de encontro a sistemas e pressupostos que se impuseram como incontestáveis, funcionam como verdadeiros obstáculos, impedindo a democracia de cumprir o prometido. Eles dividem-se em três grupos: 1) aqueles surgidos do processo de emancipação da sociedade civil, por ter desencadeado uma fonte inesgotável de demandas ao governo; 2) os decorrentes da necessidade de um vasto aparado burocrático no Estado; 3) os surgidos do desenvolvimento técnico e conseqüente aumento de problemas, só confiáveis aos competentes.

Acredito que as demandas e as urgências fazem com que projetos importantes acabem por cair no esquecimento ou então são fragmentados em detrimento do objetivo geral. Este primeiro projeto vai sendo realizado em pequenas partes, que sem dúvida não atende a “melhor condição de vida” da sociedade, antes, uma pequena parcela ou grupo,  na contramão do que o PPS defende que é trazer uma “melhor condição de vida” para todos.

Este é o desafio da sustentabilidade, este é o desafio do Partido Popular Socialista – PPS, traduzido aqui no trabalho em conjunto para que os projetos alcancem a sociedade como um todo, para que você, eu, “nós” tenhamos uma “melhor condição de vida” prevalecendo a social democracia, consciente e participativa.