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Por uma democracia participativa. Por um Brasil que pensa, fala e escreve

Curitiba, 07 de Agosto de 2012.
10:00

Roberto Cavalheiro - Advogado

Nada de surpresa no atual cenário político, tudo vai bem obrigado!? Nada de novo no cenário Republicano, a coisa é “pública”!? Nada de suspense no desenrolar da história, ta bom assim!? Nada de errado na economia, esta de vento em popa!? Nada de estranho na saúde!? Nada de críticas, comentários tendenciosos, palavras de efeito do tipo, “coronel, coronelzinho, engula, asco, pedante, nobre, ignóbil, preclaro, diáfano, escrota, corrupto e ordinário”, tudo normal!? 


Mas e o povo? Há! O povo! Toma cuidado para não ser contaminado com o vírus? Da gripe? Também!? Mas principalmente contaminado com o desprezo, a insensatez e o desequilíbrio advindos dos jogos de interesse, dos escritos na Arte da Política Mundana, que subverte o ideário do que seja o Príncipe e se aprofunda nas razões de Mazarin esquecendo a sabedoria de Sun Tzu, para citar apenas alguns tratadistas.  

Mas e o povo? Permanece alheio a democracia, este mesmo povo que ouve que “não deve se envolver em assuntos da política”, mas que, por mágica é chamado ou levado às urnas para VOTAR, eleger seus representantes o que denominamos de democracia participativa, sem entender muito bem o que significa!? Participar do que? Como? Onde? Quando? E, porquê? 

Quando a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB se manifesta pedindo, peticionando, “pugnando” por mais clareza no trato da coisa pública? Esta manifestando sua posição?  Esta representando? Sim! E, não somente a classe de “advogados”, mas a sociedade. Quando entidades civis se manifestam estão participando? Estão expressando sua posição? Sim! E, não em nome de seus filiados e associados, fraternalmente unidos, mas em favor da sociedade, daqueles que não tem poder de representação, daqueles que no discurso singular, chamam de POVO! “todos nós”. Quando um partido de oposição exige explicações por seus representantes, esta marcando sua posição? Sim, em nome da democracia!  

Mas e o povo? O que é? Quem é? A resposta é simples, singela e óbvia, o povo, somos todos e cada um! Cada um com suas opiniões, cada um com sua forma de olhar, (respeitando é claro os interesses individuais), cada um com seus valores, princípios e forma de conviver, cada um com suas dificuldades, vitórias e derrotas, cada um com sua crença, cada indivíduo, que unidos em um determinado espaço territorial, forma uma nação, e nos denominamos POVO! 

Um povo que luta por dignidade, por respeito, por direitos! Um povo que “luta”, sem fazer “guerra”, mas que não se refugia no medo! Um povo que não teme desafios, que é devoto a sua pátria, que quer construir um BRASIL melhor a cada dia, que se orgulha de SER BRASILEIRO! Mesmo quando ouve “discursos” que não fazem outra coisa senão, “desviar a atenção” do que realmente é importante.  

Mesmo quando “ouve e pode assistir” “coronéis” brincando com as palavras, como se as ofensas de “ontem”, fizessem diferença “amanhã” ou “depois”, como se não fossem esquecidas em troca de um favor, de um espaço em algum “palanque eleitoral”, momento em que os palavrões e dedos apontados, são trocados por “abraços e apertos de mãos”, “palavras de afeto, apoio, sinceridade, apego e respeito”. 

Mas e o POVO? Bom, como alguém há poucos dias falou em alto e bom tom – “to pouco me importando com a opinião pública” – leia-se – NÓS o POVO! Cada um, em cada casa, no trabalho, na escola e faculdade, na rua, nos parques e praças, carros e ônibus, hospitais e casas de repouso, cada um de nós somos, POVO! 

E por sermos POVO, por sermos BRASILEIROS, não podemos e não devemos fechar os olhos, e não faremos! Seja por meio de órgãos de classe, seja por entidades civis, seja por Partidos Políticos ou mesmo individualmente.  

Não são palavras (discursos) ou gestos grosseiros que farão com que o povo - eu, você, nós – esqueçamos os fatos, que não saibamos as razões e interesses que envolvem o discurso. Da mesma forma, não será este discurso que assistimos e ouvimos com seu desfecho “vergonhoso”, que fará com que a sociedade não tome consciência. Consciência que detém (é detentora) do dever e o direito de participar, fortalecendo e reconhecendo-se como POVO BRASILEIRO! Com consciência de que democracia participativa é isso!



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