Curitiba, 10 de Agosto de 2016.
09:58
Portal PPS
Item constava do projeto de renegociação das dívidas dos estados que foi aprovada na Câmara
Após um dia de intensas negociações, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta quarta-feira (10) o texto principal do PLP (Projeto de Lei Complementar) 257/2016, que trata da renegociação das dívidas dos estados com a União. E o que é melhor: os entes beneficiados pela repactuação não estarão proibidos de reajustar o salário do funcionalismo público local. A proposta recebeu 282 votos favoráveis e 140 contrários.
Esta foi uma das cobranças da bancada do PPS que esteve reunida com o relator da proposta, deputado Esperidião Amin (PP-SC), e com o líder do governo na Casa, deputado André Moura (PSC-SE). Após o encontro, houve a promessa de que o congelamento dos reajustes seria retirado do novo texto. E assim foi feito. Horas depois o item foi suprimido do substitutivo assinado por Amim, o que colaborou ainda mais para a aprovação da matéria.
A oposição tentou a todo custo inviabilizar a apreciação do projeto sob a justificativa de que o PLP prejudicaria os funcionários públicos dos estados. Os deputados do PPS rebateram o argumento, lembrando que o congelamento dos contracheques foi uma contrapartida imposta pela presidente afastada Dilma Rousseff, ao enviar o projeto original para a Câmara.
“Os mesmos do mensalão, aqueles que estão investigados na Lava Jato são os autores do projeto original que proibia o reajuste a servidores estaduais e a suspensão da contratação de pessoal. Este era o texto que veio do Palácio do Planalto à época. São desonestos demais, cínicos demais. Agora no governo Michel, o texto é reavaliado. O PT é mentiroso e repete esta mentira mil vezes, na tentativa de que ela se torne uma verdade. É a tese de Goebbels (Joseph Goebbels – ministro da propaganda nazista), esclareceu o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR).
Bueno acrescentou que o projeto foi aperfeiçoado e que deveria ser votado sem chicanas.
Vice-líder do partido, Arnaldo Jordy (PA), comemorou o aperfeiçoamento do projeto que excluiu a vedação aos estados de promover reajustes na folha de pagamento de pessoal.
“Concordamos integralmente com o relatório. Parabéns pelo bom senso e capacidade de diálogo. O congelamento era um item alvo de negociações, mas foi devidamente retirado”, destacou o vice-líder do PPS, Arnaldo Jordy.
E reforçou: “O PL é de autoria de Dilma Rousseff com todas maldades que ele tinha, mas a Câmara o melhorou bastante em prol dos servidores”.