Curitiba, 26 de Outubro de 2017.
09:32
O PPS votou, nesta quarta-feira (25), pela aceitação da denúncia de organização criminosa e obstrução da Justiça contra o presidente Michel Temer e os ministros Moreira Franco (Secretaria-geral da Presidência da República) e Eliseu Padilha (Casa Civil). O presidente da legenda, deputado federal Roberto Freire (SP), ainda no meio da tarde, pediu a palavra no plenário da Câmara para anunciar a posição do partido. “O PPS vai manter a coerência e votar com a posição que votou na primeira denúncia: pela continuidade das investigações, pois entendemos que à denúncia deve ser dado prosseguimento”, disse.
O PPS votou, nesta quarta-feira (25), pela aceitação da denúncia de organização criminosa e obstrução da Justiça contra o presidente Michel Temer e os ministros Moreira Franco (Secretaria-geral da Presidência da República) e Eliseu Padilha (Casa Civil). O presidente da legenda, deputado federal Roberto Freire (SP), ainda no meio da tarde, pediu a palavra no plenário da Câmara para anunciar a posição do partido. “O PPS vai manter a coerência e votar com a posição que votou na primeira denúncia: pela continuidade das investigações, pois entendemos que à denúncia deve ser dado prosseguimento”, disse.
A maioria dos deputados, entretanto, votou contra a investigação do presidente da República. A denúncia foi rejeitada por 251 votos a 233. Cabia à Câmara a tarefa de dar autorização para que houvesse apurações ou aprovar o relatório do deputado federal Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), que considerou a denúncia da Procuradoria Geral da República inepta.
O líder da bancada, deputado federal Arnaldo Jordy (PA), classificou de “caricato” o relatório, que rejeitava o aprofundamento da denúncia. “O povo está envergonhado”, afirmou. Ao votar, o parlamentar disse que o voto não ao relatório era “pelo Brasil, pelo combate à corrupção e a favor da continuidade das apurações de fatos graves envolvendo o presidente”.
Jordy lembrou que era a primeira vez na história do País que um presidente no exercício do mandato foi denunciado por crime. E por duas vezes. O líder do PPS disse ainda que, segundo a imprensa, cerca de R$ 12 bilhões foram gastos pelo governo para livrar o presidente Temer da investigação.
O deputado federal Rubens Bueno (PPS-PA) disse, ao votar, que “a defesa de Temer falou em ação espetaculosa da Polícia Federal, do Ministério Público e da Justiça Federal; por isso digo não ao relatório”. A deputado federal Carmen Zanotto (PPS-SC) foi direta: “não ao relatório, sim ao prosseguimento da denúncia”.
Já o deputado federal Alex Manente (PPS-SP) afirmou que estava votando com a coerência que sempre lhe pautou. “Votei no impeachment de Dilma Rousseff, votei pela investigação de presidente Temer na primeira denúncia e hoje novamente voto pela apuração. Na missão que recebemos da vida pública, precisamos combater a corrupção e manter a coerência”, afirmou
A deputada federal Pollyana Gama (PPS-SP) considerou graves as acusações que pesam sobre o presidente Michel Temer. “Elas exigem atitudes de cada um de nós. Voto pela continuidade das investigações e contra o relatório. É preciso passar nosso País a limpo e livrá-lo da corrupção”.
O deputado federal Marcos Abrão (PPS-GO) disse, ao votar: “meu voto é não ao relatório e sim à autorização de investigação do presidente Temer”.
“Em nome da verdade eu voto pela continuidade da investigação. Eu digo não ao Temer”, declarou a deputada federal Eliziane Gama (PPS-MA) durante o voto.
O único da bancada do PPS a votar sim foi o deputado federal Arthur Maia (PPS-BA).