Curitiba, 26 de Setembro de 2017.
15:41
O deputado federal Rubens Bueno (PPS-PR) condenou nesta terça-feira as barganhas que já começam a ocorrer nos bastidores da política para livrar o presidente Michel Temer da denúncia de organização criminosa e obstrução de Justiça. Membro da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, que vai analisar a acusação, o parlamentar alerta que a sociedade estará atenta para a liberação de cargos, emendas e outras facilidades para deputados em troca do voto favorável a Temer. Além do presidente, foram denunciados os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco.
O deputado federal Rubens Bueno (PPS-PR) condenou nesta terça-feira as barganhas que já começam a ocorrer nos bastidores da política para livrar o presidente Michel Temer da denúncia de organização criminosa e obstrução de Justiça. Membro da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, que vai analisar a acusação, o parlamentar alerta que a sociedade estará atenta para a liberação de cargos, emendas e outras facilidades para deputados em troca do voto favorável a Temer. Além do presidente, foram denunciados os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco.
“Se as barganhas forem adiante essa Casa, que já conta com enorme desconfiança da sociedade, ficará ainda mais desmoralizada. Espero que desta vez não se repitam episódios de troca de membros da CCJ e liberação desenfreada de recursos para a base de parlamentares em troca do voto favorável ao presidente. Vamos estar atentos a tudo isso para denunciar”, afirmou Rubens Bueno, que votou favorável ao acatamento da primeira denúncia feita contra o presidente.
De acordo com o deputado, o governo não deve poupar esforços para barrar o envio do processo para o Supremo Tribunal Federal (STF), o que acarretaria no afastamento de Temer do cargo. “Teremos semanas de intensos debates sobre o envolvimento de Temer com a quadrilha desbaratada pela operação Lava Jato. O governo deve usar de todas as armas para proteger o presidente e o ministros. O fato é que as denúncias são graves e um presidente não pode comandar um país sendo alvo de denúncias de corrupção. O mais correto seria ele mesmo defender a remessa do caso ao STF para que o julgamento, com amplo direito de defesa, seja realizado”, defendeu Rubens Bueno, que acredita que desta vez Temer terá mais dificuldade para escapar da denúncia.