CIDADANIA 23
Diretório Estadual do Paraná
Curitiba, 12 de Julho de 2016.
20:35
O líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), criticou nesta terça-feira mais uma manobra que levou a novo adiamento do julgamento de recurso do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na Comissão de Constituição e Justiça da Casa (CCJ). Se o pedido dele fosse negado, o parecer pela cassação de seu mandato, já aprovado pelo Conselho de Ética, poderia ser levado ao plenário. A CCJ volta a se reunir às 9h30 desta quarta-feira para analisar o caso.
“O adiamento da votação prolonga ainda mais a agonia da Câmara dos Deputados, que desde o ano passado convive com essa novela. Está mais do que claro que o mandato de Cunha, réu em processo da operação Lava Jato, precisa ser cassado. Postergar isso é trazer cada vez mais desgaste para essa Casa num momento em que temos a chance de eleger um novo presidente e retomar os trabalhos com tranquilidade”, criticou Rubens Bueno.
Para o líder do PPS, não havia necessidade de realização, nesta terça-feira, de sessão extraordinária no plenário, o que acabou levando a suspensão da votação na CCJ. “E também não era preciso o discurso de tantos deputados com o objetivo de arrastar a reunião. Todos aqui sabem muito bem do que Eduardo Cunha é acusado. Os argumentos da acusação e da defesa já são amplamente conhecidos. Lamentavelmente, pelas manobras que estamos assistindo, poderemos ter que aguardar até agosto para assistir ao fim dessa triste novela”, disse o deputado.
Rubens Bueno lembra ainda que enquanto a Câmara não cumpre o seu papel, o Ministério Público e a Justiça fazem a sua parte ao levantar novas provas e tocar para frente os processos contra Cunha. “Já ficou ridículo o papel dos aliados de Cunha para lhe dar uma sobrevida. Sabem que no plenário ele será cassado e vivem arrumando subterfúgios para adiar essa votação”, lamentou.
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