Curitiba, 05 de Fevereiro de 2020.
16:07

Combustíveis: Bolsonaro deveria consultar Guedes antes de fazer bravata, diz Rubens Bueno

O deputado federal Rubens Bueno (Cidadania-PR) classificou como bravata a afirmação do presidente Jair Bolsonaro de que vai zerar os impostos federais sobre os combustíveis se os governadores aceitarem zerar o ICMS sobre esses produtos. Na avaliação do parlamentar, os ministros existem para assessorar o presidente em assuntos que ele não domina.

O deputado federal Rubens Bueno (Cidadania-PR) classificou como bravata a afirmação do presidente Jair Bolsonaro de que vai zerar os impostos federais sobre os combustíveis se os governadores aceitarem zerar o ICMS sobre esses produtos. Na avaliação do parlamentar, os ministros existem para assessorar o presidente em assuntos que ele não domina. 

“Se não consulta acaba falando besteira. Deveria ter falado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, antes de sair fazendo bravata. Um governante precisa ser responsável. Como é que ele vai abrir mãos de mais de R$ 27 bilhões assim? Já falta dinheiro para a saúde, a educação e a segurança. Ele precisava dizer como iria compensar mais essa perda”, afirmou Bueno.

Para o deputado, em vez de ficar fazendo bravata, o governo deveria pelo menos definir que tipo de reforma tributária quer fazer. A pauta é prioritária para o Congresso e também para o governo. “Provocações aos governadores como essa feita hoje pelo presidente podem acabar por enterrar qualquer tentativa de se promover no país uma reforma justa, que simplifique o sistema e promova a justiça fiscal. Claro que todos querem menos impostos, mas esse processo precisa ser feito com responsabilidade e não com populismo sob pena de quebrarmos de vez o Estado brasileiro”, ponderou Rubens Bueno.

O parlamentar lembrou ainda que os combustíveis representam cerca de 20% da arrecadação do ICMS nos estados. “Vários estados já estão em situação crítica e passando por um processo duro de corte de gastos e recuperação das finanças públicas. Como é que vão abrir mão de arrecadação? Nem o governo federal consegue, pois se fosse possível já tinha feito”, finalizou.