Curitiba, 17 de Novembro de 2017.
13:40

Documento para discussão no VIII Congresso Estadual

Contribuições para o documento devem ser enviadas para o Dr. Tobias de Santana no e-mail: tobias.santana@uol.com.br
 

A transformação da sociedade brasileira.

 

Por razões óbvias, nunca o mundo mudou tanto, e em tão pouco tempo, como mudou nas últimas décadas. Yuval Noah Harari nos relembra em “Uma Breve História da Humanidade” que o uso cotidiano do fogo é mais antigo do que a nossa espécie Homo Sapiens, que conta com aproximadamente 200 mil anos, a revolução cognitiva tem 70 mil anos, a extinção dos Neandertais 30 mil anos, a revolução agrícola 12 mil anos, os primeiros reinos, religiões e sistema de escrita 5 mil anos e a revolução industrial 200 anos.

Vivemos, no presente, novas revoluções em curtíssimos espaços de tempo e, como é evidente, com muito menos tempo para análise, compreensão, digestão e adaptação. Tivemos muito tempo para pensar sobre a revolução cognitiva e o início da história, e sobre a revolução científica e seu desenvolvimento. Algumas gerações subiram sobre os ombros das gerações passadas para enxergar mais e melhor esses importantes marcos do nosso desenvolvimento.

Hoje, ao contrário, temos muita dificuldade em acompanhar os saltos tecnológicos, o impacto e as mudanças que os conteúdos e possibilidades expostos nas prateleiras virtuais produzirão nas próximas gerações.

Assim, a parte da lenta mudança identificada por Harari, no sentido das sociedades terem adotado, como nova crença, o crescimento econômico - que é a base do sistema capitalista e estaria se afastando do humanismo - trouxe outras grandes mudanças embutidas neste único pedaço de revolução, com pesos e consequências diferentes para cada país.

Inevitável lembrar o instigante artigo intitulado “Do Che ao Chico” 2 de autoria do Senador Cristovam Buarque, e sua constatação de que “os mitos políticos vivem mais quando morrem heroicamente e antes de suas ideias,” e defende a necessidade de atualizarmos a utopia de Che Guevara, cuja proposta era da “igualdade na austeridade para todos”, enquanto hoje os jovens são “sonhadores de consumo restrito para poucos.”

Cristovam sugere a evolução das ideias de Che para as do papa Francisco, afirmando que os jovens chineses fizeram isso “lembrando Mao com seus méritos e falhas, mas substituindo-o por Jack Ma, o Steve Jobs chinês, que, usando técnicas modernas, fez uma revolução na China, agregando mais pessoas nos benefícios do progresso do que o velho revolucionário social. ”

Seguindo essa lógica, e reconhecendo a nossa dificuldade e atraso retumbantes em compreender e ensinar às futuras gerações, física, química, história, economia, etc., piora, e muito, nossa situação quando constatamos as transformações socioeconômicas e seus efeitos sobre a dinâmica da população, apresentada pelo IBGE3, bem como as abordagens sobre a transição da fecundidade e os impactos desta e da mortalidade sobre a dinâmica da população.

Não bastasse a nossa limitação para lidar com as transformações que o mundo experimenta, estamos muito atrasados, também, nas tarefas de casa, sobretudo quando consideramos as transformações pelas quais passa a sociedade brasileira, notadamente pela expectativa de vida que aumentou em 22 anos, nos últimos 50 anos, o que é bom se acompanhado do indispensável planejamento.

Ainda somos uma população jovem, com apenas 12,50% de brasileiros com 60 anos ou mais, enquanto 40,6% estão na faixa dos 30 aos 59 anos, além dos 46,9% entre 0 e 29 anos - o que corresponde a 97 milhões de jovens e crianças - mas em poucas décadas os mais velhos já corresponderão à aproximadamente 1/3 da população.

A sociedade brasileira experimentará neste século, também, e pela primeira vez em nossa história, a redução da população, e somando-se a essa realidade as distâncias sociais imensas, torna-se imperioso que haja um planejamento sério e adequado para enfrentarmos os desafios que estão desorganizando o nosso futuro e ameaçando as nossas chances de sobrevivência soberana e feliz.


A Educação Como Solução Urgente.


O partido defende, em todos os seus Congressos, uma atenção maior na área da educação e, desta vez, há imperiosa necessidade de aprofundarmos as discussões sobre as mudanças necessárias que representem uma revolução educacional no país, inclusive com a adoção do tempo integral nas escolas, tendo por inspiração os CIEPs (Centros Integrados de Educação Pública), idealizados por Darcy Ribeiro nos anos 80.

Mas necessitamos muito mais do que isto. É preciso um enfoque urgente, também, no conteúdo e forma de abordagem das várias disciplinas ensinadas aos nossos jovens.

É preciso lembrar, por exemplo, que entre as mudanças pelas quais passam as sociedades em geral, e a brasileira em particular, muitas das profissões e atividades que hoje conhecemos como passíveis de escolha pelos nossos jovens deverão desaparecer em pouco mais de duas décadas.

Pesquisas e estudos desenvolvidos por universidades e profissionais respeitados indicam que a inteligência artificial assumirá vários postos e funções, desalojando trabalhadores dos seus atuais empregos. Com base nos estudos de pesquisadores da Universidade de Oxford4, por exemplo, constatou-se que metade dos empregos da União Europeia está sob ameaça da tecnologia.

Muitos países e seus respectivos estabelecimentos de ensino estão atualizando os seus currículos escolares, justamente pela necessidade de adaptação do mesmo para uma realidade que considere que a atividade humana será mais qualificada. O Brasil precisa, com a máxima urgência, recuperar o terreno perdido e implementar mudanças que permitam aos nossos estudantes, futuros trabalhadores e empreendedores, postos dignos de trabalho, chances de empreender e, ao país, capacidade de competir em outras frentes, que não apenas a de exportador de commodities.


“O Fundamental Enfrentamento da Corrupção no Brasil e o Desastre da Experiência Petista.”


A experiência petista no poder central, durante mais de 13 anos, deixou como marca principal a corrupção. Embora seja evidente que não se pode atribuir ao período o surgimento da corrupção no país, é certo que, no citado período, ela foi institucionalizada e experimentou o seu ápice, pois nunca na história do Brasil foram desviados, debaixo das barbas e das saias dos Governos petistas, tantos recursos públicos para beneficiar pessoas e grupos inescrupulosos.

O STF, no episódio que ficou conhecido como Mensalão, iniciado com entrevista do então deputado federal Roberto Jefferson em junho de 2005, foi importantíssimo para abalar as estruturas de uma organização criminosa, e vários de seus ministros atuaram com retidão, sabedoria e coragem, tendo no então Ministro Joaquim Barbosa a figura de maior destaque, também pelos embates que a empreitada proporcionou, culminando com a condenação de 24 dos 37 réus, e encerrando suas atividades em 2014, quando os últimos recursos foram analisados.

A investida e o corretivo supremos não foram suficientes para inibir o apetite das raízes da organização que desejava insistir na implementação do projeto de poder financiado pelo desvio das riquezas brasileiras, e a cultura do toma lá dá cá, por incrível que possa parecer, foi ampliada e, adubada, pariu o petrolão.

Escândalo que chegou a ser reconhecido como o segundo maior caso de corrupção do mundo, em votação da ONG Transparência Internacional5, veio à luz com o que hoje conhecemos como “a maior investigação sobre corrupção no Brasil”, no caso, a Operação Lava Jato.

A Operação Lava Jato teve a primeira fase deflagrada em 17/03/14, onde, entre outros, foi preso o doleiro Alberto Youssef. Já na 38ª fase (Operação Blackout) - hoje estamos na 45ª - o juiz Sergio Moro ressaltava, em despacho, o caráter serial dos crimes , e o MPF, já em setembro do ano passado, afirmava que Lula é o “grande general” do petróleo7, o que já havia sido constatado pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot que, em maio de 2016, afirmou que Lula era o “chefe da organização criminosa” . Tal alegação foi reforçada pelo então Senador Delcídio do Amaral, quando afirmou que “o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comandava o esquema na Petrobrás e negociava diretamente com as bancadas dos partidos as nomeações para diretorias da estatal” e nos últimos dias até Palocci afirma, entre outras confissões, ter feito entregas de dinheiro vivo a Lula.

Com várias condenações e indiciamentos de petistas e seus colaboradores da base de seus governos, restou como herança o fato de que a aventura petista, para lamento geral da nação, foi um grande desastre nacional, um duro golpe na autoestima dos brasileiros, um atraso gigantesco para o desenvolvimento do país e um episódio que exige mudanças e reformas profundas e medidas extremas que tragam o Brasil para o rumo certo.

Apesar de não serem imunes ao cometimento de falhas e excessos que devem ser enfrentados, é importante para o futuro da nação que desejamos, ressaltar e reconhecer a grande contribuição que instituições importantes vêm dando ao país, dentre elas o MPF e a Justiça Federal, notadamente a Operação Lava Jato e a atuação discreta e firme do Juiz Sergio Moro que, até março do corrente ano, já havia condenado 92 pessoas e proferido 26 sentenças.

Do ponto de vista político, o desastre da experiência petista foi um duro golpe, também, para a Esquerda Democrática, uma vez que a utilização, pelo PT, de um discurso reconhecido como sendo de esquerda, aliado a algumas práticas e programas que seriam verdadeiramente progressistas se fossem libertários, terminou por nivelar por baixo todas as forças de esquerda. Importantes iniciativas e programas sociais, ao contrário de pretender libertar, visavam criar dependência numa nova forma de coronelismo e escravidão – com seus novos capangas e capitães do mato - fazendo com que parte importante do povo cultuasse personalidades e temesse qualquer mudança que não fosse abençoada pelos líderes dessa “esquerda endireitada”, mesmo que a mudança fosse para melhor.

Esse desserviço que a experiência petista proporcionou ao Brasil e, também, à Esquerda Democrática, deu fôlego, na outra extremidade, para a velha direita canhestra e nefasta, aquela que se utiliza, também, do discurso fácil e do pensamento simples para ludibriar os distraídos, sendo que essa extremidade sente saudades do tempo em que as minorias, ou quem dela discordasse, eram caladas na pancada e no grito, na base do “eu prendo e arrebento” e o PT é o único responsável pelo renascimento do atraso político, vestido de novo, no Brasil.

Desnecessário, também, grandes esforços para verificar que a saúde, a segurança, a educação, entre outros direitos do cidadão, foram tratados de forma superficial e irresponsável pelos governos anteriores, de forma que os resultados e a força da realidade dispensam críticas mais detalhadas.

A chamada Esquerda Democrática, na qual estamos incluídos e somos os mais fortes representantes, tem uma tarefa hercúlea pela frente, e não pode abrir mão de suas responsabilidades após lutar com bravura ímpar pelo fim do longo ciclo dessa esquerda camaleão que, no poder, adquiria várias formas e se misturava/camuflava com todo tipo de gente ou interesses.


O PPS e o Futuro do Brasil


O PPS é um partido que pratica a radicalidade democrática, o partido que abriu mão de participar dos governos petistas por não concordar com os rumos escolhidos por eles e por não ter perfil para o toma lá dá cá. Mais do que isso, o PPS fez oposição séria, consistente, corajosa, com volume muito superior ao número de parlamentares que possui e, por essa postura adotada, foi reconhecido por grande parte do povo brasileiro como um partido decente, limpo, diferenciado e com quadros e maturidade para ser protagonista no futuro do Brasil.

O patrimônio político do PPS é robusto e raro, e tem como base princípios e valores que tornam o ser humano uma razão para se ter esperança no futuro. Esse patrimônio não pode ser ignorado, perde-se quase por inteiro se doado, e evapora no tempo se não for usado ou se for mal utilizado.

Não resta dúvida que o PPS, hoje, e mais do que no passado, reúne as melhores condições para lançar candidatura própria à Presidência da República e, durante a corrida, ganhar mais musculatura e fôlego para alcançar seus objetivos, dentre eles, fazer uma aliança com o povo, conquistando o necessário apoio para promover as reformas que o país reclama.

A tese da candidatura própria deve ser considerada com entusiasmo, uma vez que é a razão de ser de um partido responsável como o PPS, que sabe sobre a sua razão de ser e de suas responsabilidades para com a nação. Além disso, a nossa história demonstra que o melhor resultado, nas eleições para deputado federal, foi alcançado após exposição máxima do nosso pensamento e legenda, exatamente disputando eleições presidenciais.

Evidente que cada eleição é uma história, mas, pelo retrospecto, podemos considerar que o fato de termos 21 deputados federais eleitos em 2006 tem relação direta com a força que a legenda conquistou ao disputar as três, de quatro, eleições anteriores. Fosse o resultado, na época, obra da opção pela aliança com o PSDB já no primeiro turno, essa lógica do crescimento seria observada nas eleições seguintes, onde fizemos o mesmo caminho, mas sem o mesmo sucesso. Os números são os seguintes:

Em 1989 LANÇAMOS CANDIDATO (ROBERTO FREIRE) PCB

Elegemos, em 90, 03 Deputados Federais

Em 1994 apoiamos Lula já no Primeiro Turno

Elegemos 02 Deputados Federais

Em 1998 LANÇAMOS CANDIDATO (CIRO GOMES) mais de 7 milhões de votos

Elegemos 03 Deputados Federais

Em 2002 LANÇAMOS CANDIDATO (CIRO GOMES) mais de 11 milhões de votos

Elegemos 15 Deputados Federais

Em 2006 apoiamos Geraldo Alckmin já no Primeiro Turno

Elegemos 21 Deputados Federais

Em 2010 apoiamos José Serra já no Primeiro Turno

Elegemos 12 Deputados Federais

Em 2014 Apoiamos Aécio e Campos/Marina já no Primeiro Turno

Elegemos 10 Deputados Federais

Os arranjos locais não alavancaram as candidaturas proporcionais como esperávamos, e o resultado foi esse que observamos na história, sendo certo que nenhum fato novo nos faz acreditar que, desta vez, será diferente, até mesmo pelo fato da nossa legenda estar adormecida, quando tratamos de candidatura à Presidência da República.


Necessário apoio do PPS Paraná à pré-candidatura de Cristovam Buarque:


Considerando a antecipação das discussões sobre a sucessão do presidente Michel Temer, a fragilidade do governo de transição, a ausência de planejamento no país para enfrentar as transformações pelas quais passa a sociedade brasileira e, finalmente, considerando nossa convicção de que não há solução possível sem uma revolução na educação, o PPS do Paraná entende que é o momento de se manifestar a favor de uma candidatura própria à presidência da República. O partido elenca outros argumentos que sustentam a proposta e registra que o quadro eleitoral de 2018 nos é favorável.

Protagonismo

Ao ter um nome na disputa de 2018, e à exemplo do que sustentamos em 2013, o PPS reafirma a posição de protagonista e se une com objetivo de fortalecer a oposição. Ao optar pela candidatura própria, o PPS utilizará o tempo da propaganda eleitoral, participará dos debates e terá a oportunidade de apresentar um novo projeto para a nação. O partido ainda encontra a melhor forma de ampliar suas bancadas de deputado estadual e federal e não compromete as alianças regionais, já que não há regra de verticalização.

Candidatura própria

O PPS tem uma linha ideológica bem definida, credibilidade e um imenso capital moral. O Congresso do Paraná entende que dentre os seus quadros deve apresentar um nome. O diretório sugere o nome do Senador Cristovam Buarque. O partido considera que ele possui credenciais mais do que suficientes para, desde já, figurar como pré-candidato nas listas de pesquisa para as eleições de 2018 a presidência da República. Cristovam, com seu passado e presente associado às lutas dos movimentos sociais e sua incomparável vocação, além do preparo, para liderar a revolução no ensino, faz dele a melhor opção não somente do partido, mas do Brasil para a disputa política em 2018.

Espaço na política

Os escândalos políticos que, infelizmente, não cessam de brotar, fortalecem a boa imagem do PPS e, somando-se a isso, o desgaste obstáculos judiciais que alguns antigos políticos populistas experimentam para disputar as eleições, além do necessário enfrentamento aos grupos radicais e reacionários que pretendem avançar com a desestabilização da democracia brasileira, tudo isso ampliou ainda mais o espaço para uma forte candidatura fora da velha e surrada polarização. Entendendo que a esquerda democrática deve oferecer mais nomes, o PPS do Paraná apoia uma candidatura que signifique renovação, equilíbrio e competência.

Importante transcrever, como reforço da tese ora defendida, relevantes trechos da reflexão publicada no portal do PPS Nacional por ocasião da tentativa de fusão com o PSB, em maio de 2015, com o título “PPS e PSB são aliados históricos” 8:

“Alguns comentaristas viram com estranheza a proposta de fusão do PSB e PPS. Segundo eles, o aliado natural do PSB seria o PT, enquanto o do PPS seria o PSDB. Essa visão corresponde aos fatos históricos?

Considerando que o PPS é um dos legítimos herdeiros do PCB, fundado em 1922, e que o PSB de hoje é a continuidade histórica do partido fundado em 1947, perceberemos que as duas agremiações têm um longo histórico de lutas conjuntas.

PSB e PPS desejam sair da polarização artificial entre PT e PSDB, disputa essa que tem impedido a realização de um pacto político e social capaz de abrir um novo ciclo democrático de desenvolvimento econômico e social para o Brasil.

Abaixo, um breve relato histórico dos principais momentos em que PSB e PPS estiveram juntos:

1- O Bloco Operário e Camponês de 1927
...
18- Unidos por uma nova política

Como se vê, PSB e PPS têm uma longa folha de serviços prestados ao Brasil e sempre atuaram com altivez, lealdade e independência. Jamais se subordinaram aos interesses, seja do PT, seja do PSDB, seja de qualquer outra força política do país.

O diálogo sobre a fusão entre PSB e PPS se insere na busca de uma alternativa de esquerda democrática ao presente bloco de poder - liderado pelo PT-PMDB, em aliança com partidos conservadores como o PP, de Paulo Maluf; o PSD, de Gilberto Kassab; e o PR, de Valdemar Costa Neto -, incapaz de tirar o Brasil da atual crise política, econômica e social.

Em diálogo com outros partidos democráticos, como o Partido Verde, o Solidariedade e a Rede Sustentabilidade, PSB e PPS buscam construir uma nova aliança para lançar o pais em novo ciclo de reformas estruturais que ampliem a democracia política, que levem à retomada do crescimento com inclusão social e sustentabilidade ambiental.”

Por tudo isso, o diretório do Paraná acredita que fortalecer o nome do Senador Cristovam Buarque como pré-candidato atende aos anseios do partido e da população, que clama por mudança.


O PPS e as Demandas dos Movimentos Sociais


O PPS tem se posicionado de forma respeitosa perante os movimentos sociais e a sociedade civil organizada, buscando o diálogo e a identificação das demandas, para contribuir na busca de soluções, mas sem tentar se apropriar ou interferir nos destinos dessas organizações.

O Partido deve continuar solidário na luta por conquistas de direitos, mas deve, também, aprofundar suas ações no sentido de garantir a independência desses movimentos, ativistas e organizações, uma vez que os avanços verdadeiros dos direitos relacionados à igualdade racial, de gênero, da diversidade sexual, das pessoas com deficiência, dos idosos, refugiados e apátridas, entre outros, é fruto da luta e do esforço exclusivo de cada um desses grupos, organizados ou não, e essas vitórias não podem ser capitalizadas por políticos ou partidos.


Os Gritos que Vêm das Ruas


Além de importantes medidas como democratizar o acesso aos recursos destinados para fortalecimento da cultura brasileira, com inclusão de novas contrapartidas na Lei Federal de Incentivo à Cultura, e das iniciativas que contribuem para a garantia da soberania, dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, como foi o caso das ações para conter a crise no Espírito Santo e também na operação carioca, ações mais abrangentes devem ser executadas em conjunto como outros ministérios, objetivando pacificar o país.

O nosso povo, soberano, deu votos de confiança ao conteúdo da “Carta ao Povo Brasileiro”, de 2002, onde constavam promessas de mudanças para crescer e pacificar, gerar empregos, desonerar a produção, reformar a previdenciária, reduzir a criminalidade e resgatar a nossa presença soberana e respeitada no mundo. Hoje nossa gente está frustrada, sem esperança e convicta do fracasso da aventura petista, semeadora da discórdia e responsável, também, pelos estragos nos laços de fraternidade tão característicos do povo brasileiro.

É tarefa urgente unir a nação em torno das soluções e projetos reais, e não das especulações milagrosas criadas pelo poderoso, nefasto e caríssimo marketing petista. Fundamental que as soluções reais sejam implementadas por brasileiros acima de qualquer suspeita, brasileiros preparados e decentes, que ouçam o que as ruas estão gritando sobre temas inadiáveis como combate à corrupção, redução de impostos, valorização dos profissionais da educação, da segurança, da saúde, geração de emprego, respeito e dignidade, para que seja possível viver com decência, melhorando a expectativa de uma vida feliz.


3. Os Caminhos do PPS no Paraná


O PPS-PR obteve o resultado esperado nas urnas no ano de 2014, com a eleição majoritária. O partido foi essencial para a definição do quadro político do Estado, participando de maneira decisiva na coligação que reelegeu o Governador Beto Richa. Além disso, a legenda conseguiu eleger um Deputado Federal e dois Deputados Estaduais, sendo que o Deputado licenciado Douglas Fabrício assumiu a Secretaria Estadual do Esporte e do Turismo, assumindo sua vaga na Assembleia a Deputada Cristina Silvestre.

O PPS-PR, ciente da importância estratégica de fortalecer seu campo político, sem abrir mão de suas convicções, optou por ser uma forte trincheira nessa resistência aos desmandos oriundos dos Governos lulopetistas.

Encerrado o ciclo nefasto de um governo central com forte viés populista, cabe ao PPS, agora, expor sua sigla e seu pensamento para os três níveis de governo, até pelo fato de, conforme reiteradamente defendido pelo líder máximo do partido no estado, “Um partido que se preza é aquele que disputa eleições. Mostra sua cara com seus candidatos e diz o que pensa com seus programas e projetos. Fora isto, é apenas um cartório para registro de nomes.”

Nesta mesma direção foi lançado importante documento, abaixo transcrito, com o título “Eleições 2018. Nosso projeto. Nosso desafio”:

“O momento particularmente crítico que atinge a vida pública brasileira exige serenidade e responsabilidade ainda maiores dos agentes políticos.

Nossa missão é apontar e construir caminhos que resgatem a ética, a legalidade, o respeito absoluto aos direitos e garantias constitucionais e a honestidade intelectual como valores fundamentais sobre os quais devem se assentar a atividade política e o funcionamento das instituições republicanas.

É hora de persistir e fortalecer a via da boa política e assumir diante do povo, sem subterfúgios, a responsabilidade e o desafio de convencer, unir e liderar mulheres e homens dispostos a seguir adiante, nessa luta cotidiana para edificar uma sociedade mais justa, fraterna, solidária, honrada e feliz.

É com essa disposição que os dirigentes, detentores de mandato e militantes do PPS Paraná, unidos em nome da base social e política que legitimamente representam, assumem a iniciativa denominada “Eleições 2018. Nosso projeto. Nosso desafio”, pautado pelas seguintes diretrizes:

1. Apresentar candidaturas do partido às chapas de Governador, Senador, Deputados Federais e Deputados Estaduais;

2. Do mesmo modo, defender que também no plano nacional, o partido apresente o seu próprio projeto e a sua candidatura nas eleições presidenciais de 2018.

3. Mobilizar a comunidade paranaense com o objetivo de formular um Plano de Governo sintonizado com as melhores aspirações do povo e em conformidade com as exigências da política contemporânea, sobretudo no que diz respeito à qualidade ética e à capacidade de gestão da máquina pública, voltada à produção de resultados concretos para melhorar a vida das pessoas.”

É com esse entusiasmo, com essa esperança e com essas convicções que o PPS quer seguir na luta por mudanças efetivas que sejam capazes de tornar feliz a sociedade, e, entre outras sugestões que constam do corpo do presente documento, sugere, ainda como metas e desafios para os próximos anos:

1 - Lançamento de candidaturas à Governador, Senador, Deputados Federais e Deputados Estaduais;

2 – Aperfeiçoar a qualidade da informação interna e, também, da prestada à população a respeito das propostas partidárias, bem como da atuação de seus representantes, utilizando as ferramentas de comunicação, principalmente as virtuais;

3 – Tornar, com a candidatura própria, a imagem da legenda ainda mais presente na memória dos cidadãos, com ênfase nos seus princípios;

4 – Demonstrar, em eventos públicos, sua posição relativa aos acontecimentos atuais no estado, no país e no mundo;

5 – Promover ações voltadas à população em geral, com ênfase na elaboração do plano de Governo Estadual, focando o debate de temas de interesse público;

6 – Buscar apoiar claramente a participação de militantes para que se sintam efetivamente atuantes e capazes de promover uma modificação na realidade política nacional e local;

7 – Promover um maior fortalecimento das relações entre os representantes do partido, que ocupem cargos públicos eletivos ou de indicação, com a militância, que deve ser, sempre que possível, consultada e estimulada, atraindo, com esta prática, os cidadãos não filiados;

8 – Fomentar a ação partidária para incrementar a participação das minorias, jovens e das mulheres dentro e fora do Partido, representando a legenda e seus princípios, e servindo como ligação entre a sociedade e o PPS;

9 – Discutir as mudanças necessárias para uma revolução educacional no país, inclusive com a adequação do currículo escolar, valorização dos profissionais de ensino, adoção do tempo integral nas escolas, tendo por inspiração os CIEPs (Centros Integrados de Educação Pública), idealizados por Darcy Ribeiro nos anos 80;

10 – Defender investimentos urgentes em infraestrutura, observando as etapas de definição de prioridades, desenvolvimento de projetos, regulamentação das obras, conquista e formação de parcerias.

Além das questões sugeridas neste documento, entendemos que o XIX Congresso deve caminhar para a aprovação da candidatura própria à Presidência da República, e abrir as discussões visando uma contundente ofensiva para a realização das reformas que o país necessita, notadamente a reforma político-partidária, envolvendo todas as instâncias do Partido e a sociedade na elaboração de uma proposta que seja debatida e votada internamente, e que conte com a participação e respaldo dos cidadãos.


Referências:


Documento de abertura das discussões para o 19º Congresso do PPS

Harari, Yuval Noah – Sapiens, L&PM Editores.

http://www.fundacaoastrojildo.com.br/2015/2017/10/27/cristovam-buarque-do-che-ao-chico/

3 IBGE - https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/sociais/populacao/9232-relacoes-entre-as-alteracoes-historicas-na-dinamica-demografica-brasileira-e-os-impactos-decorrentes-do-processo-de-envelhecimento-da-populacao.html

https://exame.abril.com.br/carreira/32-profissoes-ameacadas-por-robos-nos-proximos-20-anos/

5 O Globo 10-02-2016 - http://oglobo.globo.com/brasil/escandalo-da-petrobras-eleito-2-maior-caso-de-corrupcao-no-mundo-1-18648504

6 Folha de São Paulo – As fases da Operação - http://arte.folha.uol.com.br/poder/operacao-lava-jato/#capitulo4

7 http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/mpf-lula-e-o-grande-general-do-petrolao/
http://www.pps.org.br/wp-content/uploads/2017/05/Garantir-a-transicao-e-avancar-nas-reformas-Documento-de-Abertura-do-XIX-Congresso-do-PPS-2017-.pdf

http://tv.pps.org.br/portal/showData/278887

 



Voltar

Indique para um amigo
Versão para impressão

Indique para um amigo

Documento para discussão no VIII Congresso Estadual


www.falaparana.com.br
Calendário de Atividades
Carregando...

Vídeos PPS

Rubens Bueno cobra votação de propostas

Congresso Extraordinário do Cidadania23 - Novo Programa e Estatuto

Conheça a Jornada da Cidadania

VEJA TODOS OS VÍDEOS

Flickr

R. Dr. Manoel Pedro, 683
Curitiba / PR
CEP: 80035-030
Cabral

Fone: (41) 3259-3223
Fax:


Xem thêm bài viết:

Phòng khám đa khoa Hà Nội

Khám giang mai ở đâu Hà Nội

Phòng khám đa khoa Thái Hà

Phòng khám nam khoa hà nội

Khám xuất tinh sớm ở đâu

Yếu sinh lý ở đâu tốt nhất tại Hà Nội

Chi phí cắt bao quy đầu

Cắt bao quy đầu ở đâu

Chi phí chữa sùi mào gà

Khám bệnh sùi mào gà ở đâu

Chữa bệnh lậu ở đâu

Phòng khám phụ khoa ở hà nội

Địa chỉ phá thai an toàn ở Hà Nội

Chi phí phá thai

Cách phá thai an toàn

Chữa bệnh trĩ ở đâu

Chi phí chữa bệnh trĩ mất bao nhiêu tiền

Chữa hôi nách ở hà nội

4 cách trị hôi nách một lần khỏi cả đời

Xem thêm bài viết:

Phòng khám đa khoa Hà Nội

Khám giang mai ở đâu Hà Nội

Phòng khám đa khoa Thái Hà

Phòng khám nam khoa hà nội

Khám xuất tinh sớm ở đâu

Yếu sinh lý ở đâu tốt nhất tại Hà Nội

Chi phí cắt bao quy đầu

Cắt bao quy đầu ở đâu

Chi phí chữa sùi mào gà

Khám bệnh sùi mào gà ở đâu

Chữa bệnh lậu ở đâu

Phòng khám phụ khoa ở hà nội

Địa chỉ phá thai an toàn ở Hà Nội

Chi phí phá thai

Cách phá thai an toàn

Chữa bệnh trĩ ở đâu

Chi phí chữa bệnh trĩ mất bao nhiêu tiền

Khám bệnh xã hội ở Hà Nội

Fale Conosco