Curitiba, 12 de Fevereiro de 2019.
10:00
O deputado federal Rubens Bueno (PPS) esteve em Campo Mourão nesta sexta-feira (08) e visitou o jornal TRIBUNA. Na entrevista falou de vários assuntos, entre eles sobre a necessidade de aprovar a reforma da Previdência. Mais uma vez ele atacou os privilégios do setor público. “Temos que combater os privilégios no serviço público, de toda ordem. Gente se aposentando cedo e ganhando muito e isso temos que enfrentar para mostrar que uma nação não se constrói olhando para o umbigo de uma categoria. Uma nação se constrói olhando para o todo e esse todo temos que ajudar a construir”, sintetizou.
O deputado federal Rubens Bueno (PPS) esteve em Campo Mourão nesta sexta-feira (08) e visitou o jornal TRIBUNA. Na entrevista falou de vários assuntos, entre eles sobre a necessidade de aprovar a reforma da Previdência. Mais uma vez ele atacou os privilégios do setor público.
“Temos que combater os privilégios no serviço público, de toda ordem. Gente se aposentando cedo e ganhando muito e isso temos que enfrentar para mostrar que uma nação não se constrói olhando para o umbigo de uma categoria. Uma nação se constrói olhando para o todo e esse todo temos que ajudar a construir”, sintetizou.
O parlamentar também não poupou o Poder Judiciário, que segundo ele pressiona para não perder as regalias. “Na discussão dos supersalários, onde fui relator da matéria, vi a pressão violenta, porque pra eles o Brasil é deles, não do povo. É isso que temos que enfrentar. Juízes e promotores ganham mais que ministros do Supremo”, comentou. Confira a entrevista na íntegra.
Há uma grande expectativa em relação a Reforma da Previdência. Como está esse debate em Brasília?
O Brasil precisa encontrar o equilíbrio fiscal. E só se faz isso acabando com o déficit público e aí entra essa questão da Previdência. É preciso fazer ajustes necessários, sabendo que a média de vida do brasileiro aumentou muito. A reforma tem que acontecer para estabelecer justiça. Acabar com a Previdência pública para aqueles que se aposentam cedo ganhando muito. Buscar igualdade e justiça é necessário e urgente.
E como está o andamento dessas discussões?
O governo tem três propostas dessa matéria, mas ainda não apresentou. Vamos aguardar que seja enviado o projeto à Câmara para ver onde precisa fazer os ajustes. Mas precisamos aprovar essa Reforma.
Como o senhor está vendo o clima em Brasília com o presidente convalescente e as primeiras decisões dos ministros?
Há um pouco de confusão e é natural nesse momento em que está se iniciando um governo que busca fundir ministérios, modificar a estrutura administrativa e burocrática. No início isso gera um efeito danoso, mas depois volta a acontecer de forma mais tranquila e racional. O presidente enfrenta problemas de saúde, que logicamente tem efeito na administração. Outro fato é a família dele, que tem problemas a começar pelo filho quando deputado no Rio de Janeiro e denúncias de ligações a milícias, além de problemas do partido que precisa buscar ajuste para ter a necessária estabilidade política.
Por falar no partido do presidente, o PSL está no comando da Câmara e do Senado. Isso dá mais poder ao governo?
É desnecessário ter tantos cargos nas secretarias. O terceiro secretário e o vice têm centenas de cargos. O parlamento tem que dar exemplo de que isso não pode continuar porque o país não suporta mais tamanha estrutura.
E os parlamentares novos demonstram vontade de promover as mudanças necessárias?
Há um clima favorável, a começar pelas reformas, para que o Estado tenha capacidade de investimento. Temos que combater os privilégios no serviço público, de toda ordem. Gente se aposentando cedo e ganhando muito e isso temos que enfrentar para valer para mostrar que uma nação não se constrói olhando para o umbigo de uma categoria. Uma nação se constrói olhando para o todo e esse todo temos que ajudar a construir...
Enfrentando o Judiciário que não abre mão das mordomias..
Mas temos que compreender que quem estabelece as leis é Poder Legislativo..
Mas existe a pressão do Judiciário?
Existe e forte. Na discussão dos supersalários, onde fui relator da matéria, vi a pressão violenta, porque pra eles o Brasil é deles, não do povo. É isso que temos que enfrentar. Juízes e promotores ganham mais que ministros do Supremo.
Quanto as emendas ao orçamento. O senhor vai discutir com as bases?
Como sempre fiz. Vou iniciar as reuniões regionais para discutir sobre essas emendas, lembrando que trouxemos muitos recursos para a Santa Casa, UTFPR, para construção da Escola Gurilândia, asfalto e outros tantos. Lamentavelmente a emenda é usada mais para promoção pessoal por parte de muitos parlamentares, por isso condeno a emenda. Se esse dinheiro fosse colocado diretamente aos municípios teríamos uma utilização bem mais eficaz.
Sua opinião sobre a segunda condenação do ex-presidente Lula.
Sempre disse que é muito triste ver um ex-presidente da República preso. Mas enfim é um processo julgado em primeira e segunda instâncias, onde ele recorreu a instâncias superiores e perdeu todas, então é um preso comum.
Quanto as denúncias e prisões do ex-governador Beto Richa.
Por enquanto é diferente do ex-presidente. O governador não tem nenhuma condenação. E mesmo assim pagou o preço na eleição para o Senado. Se for condenado, que vá cumprir pena como os outros. Não pode ter poderosos acima da lei nesse país.
O senhor participou da audiência em que o ministro Sérgio Moro apresentou a nova proposta da política de segurança pública. Qual a avaliação?
O ministro é uma figura respeitada e consistente no que está propondo. Ainda não há o projeto, apenas o esboço de uma proposta que o governo ainda não avalizou. Mas é um avanço importante e tenho certeza que terá o apoio da Câmara e do Senado.
O senhor vai continuar com as reuniões de prestações de contas?
Sim, como faço há mais de trinta anos. Abrir o debate público é fundamental para que as pessoas possam conhecer as ações, debater, criticar e sugerir.
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