Curitiba, 17 de Maio de 2016.
10:55
Para Rubens Bueno, além do diagnóstico das contas do governo, também é necessário que o governo promova uma completa auditoria nos bancos públicos, em especial no BNDES.
Robson Gonçalves
Rubens Bueno: Ao contrário do governo passado, esse começa mostrando que não vai trilhar o caminho de remendos e paliativos
Portal PPS
O líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), afirmou nesta terça-feira que o governo Michel Temer acerta na formação de uma equipe econômica eminentemente técnica. “O governo optou pelo caminho certo ao escolher nomes experimentados e que iniciam o trabalho de recuperação da economia sem afobação. Como deixou claro o ministro Henrique Meirelles, o primeiro passo é a elaboração de um diagnóstico completo das contas do governo para que se possa tomar medidas certeiras. Ao contrário do governo passado, esse começa mostrando que não vai trilhar o caminho de remendos e paliativos. Isso já é muito positivo”, disse o líder do PPS após o anúncio, pelo ministro Fazenda, dos nomes que irão compor a equipe econômica.
Ilan Goldfajn foi confirmado no cargo de novo presidente do Banco Central. Carlos Hamilton Araújo, ex-diretor do Banco Central, será secretário de Política Econômica. O economista do Ipea Marcelo Caetano irá comandar a secretaria de Previdência e o economista Mansueto de Almeida, também do Ipea, será secretário de Acompanhamento Econômico.
Para Rubens Bueno, além do diagnóstico das contas do governo, também é necessário que o governo promova uma completa auditoria nos bancos públicos, em especial no BNDES. “Os governos de Lula e Dilma usaram e abusaram das estruturas dos bancos públicos. Creio que há necessidade urgente, por exemplo, de uma reavaliação dos critérios para liberação de investimentos do BNDES. Está mais do que provado que a política do PT de incentivo aos campeões nacionais não deu certo e inclusive incentivou esquemas de corrupção e financiamento ilegal de campanhas. Isso sem falar nos empréstimos suspeitos para obras em outros países”, destacou o deputado.
CPMF
Com relação a adoção de novos impostos, o líder do PPS é contra. “Não vejo a possibilidade de volta da CPMF, mesmo que por um período curto. Até porque fica o risco do temporário virar permanente. E não há espaço, neste momento, para o aumento da carga tributária. Creio que o diagnóstico que está sendo feito pela equipe econômica pode apontar outros caminhos como o corte de desperdícios, o estancamento de fraudes em programas do governo e até mesmo a revisão de incentivos que não estão dando retorno. E, claro, há a necessidade de implantação das reformas da previdência, tributária e trabalhista”, apontou Rubens Bueno.