Curitiba, 02 de Setembro de 2016.
16:24
Portal PPS
O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), criticou nesta sexta a manobra que preservou os direitos políticos da ex-presidente Dilma Rousseff. Para ele, a sensação que passa à opinião pública é de que houve um “acordão” para livrar Dilma da pena integral prevista na Constituição Federal.
“Não concordamos com essa decisão, que, além de rasgar a Constituição, abre um precedente gravíssimo para outros julgamentos que porventura venham a ocorrer na Casa”, alertou.
O parlamentar considerou acertada a decisão do PPS, PSDB e DEM de ingressar com mandado de segurança coletivo no STF (Supremo Tribunal Federal) contra o fatiamento da votação que manteve a habilitação da presidente cassada para ocupar cargos públicos.
“A Constituição deixa claro que a perda do mandato no caso de crime de responsabilidade está associada à perda dos direitos políticos. É preciso que o Supremo anule essa decisão absurda”, reafirmou.
Rubens Bueno reforçou ainda lembrando que Fernando Collor perdeu os direitos políticos mesmo tendo renunciado antes de o processo ser votado pelo Senado. “Ao que parece, essa decisão de fatiar a votação do impeachment foi um grande acordão para premiar Dilma. Quer dizer que ela é afastada do mandato por ter cometido crime, e sai desse episódio com seus direitos políticos preservados? Não tem lógica”, ironizou.