Curitiba, 20 de Outubro de 2016.
09:26
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite desta segunda-feira (10), em primeiro turno, Proposta de Emenda à Constituição (PEC 241/2016) que cria um teto para despesas federais pelos próximos anos.
A alteração constitucional foi aprovada com votos favoráveis de 366 parlamentares. Votaram contra a proposta apenas 111 deputados. Para ser aprovada, a PEC precisava de 308 votos. Houve duas abstenções.
Para o Governo Federal, a PEC é essencial para promover o controle dos gastos públicos, reequilibrar as contas e superar a crise financeira. A medida é essencial, na visão do PPS e de especialistas em orçamento público, para ajustar o gasto do governo federal, que foi alvo da irresponsabilidade do governo do PT, ao longo dos últimos 13 anos.
A oposição foi derrotada em todas as deliberações ao longo desta segunda-feira. A base aliada a Michel Temer, já no início da tarde, conseguiu derrubar o interstício (intervalo) que era necessário entre a conclusão da votação da matéria na Comissão Especial e a apreciação no plenário da Casa.
O líder do PPS, Rubens Bueno, ao encaminhar a votação, criticou a incoerência do Partido dos Trabalhadores que, quando estava no governo federal, pretendia implantar o teto de despesas para a União. Na noite desta segunda-feira, o PT votou contra a PEC 241.
O líder do PPS lembrou de um discurso do então ministro da Fazenda, Antônio Palocci que, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, defendeu o ajuste das contas públicas por meio de um projeto para limitar o gasto público do governo central.
“Esse é o PT da mentira de sempre. Vamos votar a PEC 241 pelo bem do Brasil”, disse Bueno.
Coisas que vão acontecer agora que a PEC dos gastos públicos foi aprovada:
- O Brasil vai investir mais em ensino básico do que em ensino superior pois o Fundeb esta isento do limite de gastos.
- A dívida será estabilizada, e os juros cairão no médio prazo,
- Juizes e deputados não poderão aumentar seu salário em 60%
- Acabaram os cortes em programas sociais promovidos por Dilma (que chegaram até a 84% em 2015)
- Vamos fazer um ajuste fiscal sem aumentar imposto, e em 10 anos ao invés de 2 ou 3 como queriam Dilma e Levy.
- O funcionalismo público não vai mais ter perdas reais em seus salários (como ocorreu entre 2011 e 2016).
- A saúde continuará sob responsabilidade principalmente de Estados e Municípios, que também ficam isentos do teto.
O que não vai acontecer:
Acabar o choro de quem distribuiu R$ 1 TRILHÃO em benefícios para empresários, entregou o país com o maior déficit da história, dobrou a dívida pública e acha que tem alguma moral para falar de responsablidade fiscal.