Curitiba, 11 de Julho de 2017.
20:30
O deputado federal Rubens Bueno (PPS-PR), representante do partido na Comissão de Constituição e Justiça, confirmou nesta terça-feira que votará pelo prosseguimento da denúncia feita pela Procuradoria Geral da República contra o presidente Michel Temer. Na avaliação do parlamentar, é papel do Supremo, e não do Legislativo, julgar se há provas ou não que justifiquem o acatamento de denúncia de corrupção passiva contra o peemedebista. A posição é a mesma definida nesta terça-feira pela bancada do PPS.
“Sempre defendi que todo suspeito de corrupção fosse investigado. Não seria agora que eu atuaria para barrar o andamento de uma denúncia. Creio que esse também não deve ser o papel da Câmara dos Deputados. A palavra de ordem no momento é ‘Deixa o STF julgar!’. O Supremo, guardião da Constituição, é que vai dizer se existem provas que justifiquem a abertura de processo criminal contra o presidente. Não podemos impedir que a mais alta Corte do país se manifeste sobre a denúncia. Caso contrário, vamos gerar desconfiança sobre todo o Parlamento, o que agravará ainda mais a crise”, defendeu Rubens Bueno.
O parlamentar ressaltou que o pior cenário seria prolongar a dúvida a respeito da inocência ou culpa do presidente. “Se a Câmara barrar essa primeira denúncia, outras virão, como já antecipou a Procuradoria da República. Então, a agonia só iria aumentar. O melhor caminho é deixar logo o STF se manifestar para que a questão criminal seja resolvida na instância devida. A Câmara dos Deputados não é Vara Criminal. Julgamento aqui é só político. Se o STF não acatar a denúncia, Temer se fortalecerá e terá condições de dar continuidade ao governo. Caso contrário será afastado para se dedicar a sua defesa no processo e o governo de transição prosseguirá de acordo com as regras determinadas pela Constituição”, reforçou Rubens Bueno.