Curitiba, 09 de Abril de 2020.
11:50

Turini sugere produzir leite em pó para merenda, hospitais e idosos

Produtores de leite de todo o Paraná também sofrem o impacto da pandemia de coronavírus nas atividades econômicas e estima-se que cerca de 500 mil litros estejam sobrando diariamente no estado, porque laticínios – especialmente os menores – já não conseguem manter sua produção e deixaram de receber o produto. O problema afeta principalmente pequenos pecuaristas e participantes do Programa de Agricultura Familiar (PRONAF).

Produtores de leite de todo o Paraná também sofrem o impacto da pandemia de coronavírus nas atividades econômicas e estima-se que cerca de 500 mil litros estejam sobrando diariamente no estado, porque laticínios – especialmente os menores – já não conseguem manter sua produção e deixaram de receber o produto. O problema afeta principalmente pequenos pecuaristas e participantes do Programa de Agricultura Familiar (PRONAF).

Em requerimento à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, o deputado estadual Tercilio Turini propõe o suporte do governo para ampliar a produção de leite em pó, suprindo merenda escolar, famílias em vulnerabilidade social, hospitais, entidades assistenciais de idosos e outros grupos. “Fabricar o produto em pó, com o que já sobra de leite, pode ser outra medida emergencial no socorro aos mais necessitados, além de fomentar a produção leiteira afetada pela crise”, afirma.

Ele cita que a Cativa – Cooperativa Agroindustrial de Londrina, uma das maiores no segmento com captação de leite em todas as regiões do Paraná, se dispõe a incrementar a fabricação de leite em pó, armazenar e formar estoque para o Governo do Estado distribuir. “O leite em pó dura mais, em torno de um ano. Não exige refrigeração e o risco de perda é bem menor. Tem ainda a facilidade logística na distribuição, sem necessidade de entrega ou retirada diária. O valor nutricional permanece o mesmo e um quilo do produto em pó pode render em média 8,5 litros de leite líquido”, cita o deputado.

“No atual cenário de incertezas, não dá para se chegar ao ponto de vermos notícias sobre produtores jogando leite fora por não encontrarem quem receba a produção. E infelizmente isso está arriscado acontecer se não houver destinação para as sobras”, alerta Tercilio Turini. “É fundamental que a SEAB avalie com urgência a proposta do setor leiteiro, que pode resultar em mais uma grande ação social do Governo do Paraná”, ressalta.